terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cinema - 30 anos sem Glauber Rocha


“Alô, alô Brasil, alô, alô América Latina, alô, alô mundo! O assunto é CINEMA!”

Essa era a frase popularmente dita por Glauber de Andrade Rocha, mas conhecido por Glauber Rocha, o maior cineasta no cinema brasileiro desde então.
Dia 22/8, segunda, completou-se 30 anos de sua morte, no qual foi causada por uma pericardite viral, uma infecção que envolve um tecido do coração.
Mesmo depois de sua morte, Glauber teve homenagens em vários festivais e ainda a publicação do livro Roteiros do Terceyro Mundo, uma coletânea de seus roteiros e diálogos.

Glauber Rocha nasceu em 14 de março de 1939, no interior da Bahia. Nesta época, os filmes eram populares e logo se tornaram de distribuição gratuita. Aos 8 anos, mudou-se pra Salvador, e cinco anos mais tarde já começou a se envolver com a filmografia, a partir de sua participação como crítico de cinema no programa ‘Cinema Close-Up’ da Rádio Sociedade da Bahia. Em 1955, começa a dirigir encenações do grupo teatral Jogralescas, este formado no Colégio Estadual da Bahia, e suas temáticas eram em base de poemas modernistas, como os de Carlos Drummond, Manuel Bandeira e Vinícius de Moraes. 

No ano seguinte, Glauber e amigos fundam a Cooperativa Cinematográfica Yemanjá, em tempos que a cultura na Bahia ganha força a partir da criação da Escola de Teatro da Universidade de Bahia, mas foi em 1957 que ele, a partir de visitas no Centro de Estudos Cinematográficos, em Belo Horizonte, filma Pátio, seu primeiro curta-metragem com aspectos concretistas e formalistas. Após este curta, a lista de filmagens aumentou, mas Glauber ficou reconhecido pelo mundo ao filmar Terra em Transe (1967) em tempos de Ditadura, e todos seus filmes eram cesurados, por conter temáticas relacionadas às críticas sociais.

Foi exilado, morando em Nova Iorque, Paris, Marrocos, Cuba, Roma, e ampliou seu conhecimento com cinema e para realizar futuras filmagens desde então. Rocha chegou a receber prêmios como no Festival de Cannes, nos filmes Terra em Transe, O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1968) e As Armas e o Povo (1974).

Apesar dos 30 anos do seu falecimento, suas ideias, originalidade e evoluções feitas a partir de uma câmera cinematográfica continuam recentes aos tempos atuais, ainda mais no cinema brasileiro, no qual se não fosse por Glauber, não teria tanta relevância como teve.

Para maior apreciação de seu acervo, biografia completa, fotos, vídeos, acesse o site Tempo Glauber espaço com dedicação total aos filmes, escritos outros projetos realizados por Glauber Rocha.

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