Por Galeno Amorim
O dia ainda não amanheceu quando seu Joaquim faz as primeiras manobras para estacionar a velha carroça diante da casa número 1.135 da Avenida Benjamin Constant. A vizinhança dorme o sono dos justos. São pontualmente cinco horas da manhã. Com todo cuidado, que é para não fazer barulho - que barulho, como ensinou o poeta, de nada resolve -, ele inicia o ritual que repete com fervor quase religioso nos últimos anos.